XIV
Quem deixa o trato pastoril, amado,
Pela ingrata, civil correpodência,
Ou desconhece o rosto da violência,
Ou do retiro a paz não tem provado.
Que bem é ver n os campos, transladado
No gênio do pastor, o da inocência!
E que mal no trato, e na aparência
Ver sempre o cortesão dissimulado!
Ali respira Amor sinceridade,
Aqui sempre a traição seu rosto encobre;
Um só trata a mentira, outro a verdade,
Ali não há fortuna que soçobre;
Aqui quanto se observa é variedade!
Oh! ventura do rico! oh! bem do pobre!
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Trata - se de um fingimento poético, usa linguagem simples, típicas de poetas árcades.
Juntamente com os princípios
CARPE DIEM e
FUGERE URBEM - termos latinos - respectivamente "gozar o dia" e "fugir da cidade"; demostrando a paz daquele que refugia - se no campo (primeira estrofe, versos um, dois e quatro).
Além de caracerísticas bucólicas, expõe a colérica vida na cidade (quarta estrofe, versos um e três).
1 de outubro de 2012 às 19:49
legal me ajudou